quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Green Onions - Booker T.



É uma delícia tocar esse tema no órgão. Mão esquerda com o Riff swingado do baixo, e a direita no tema, que é bem descolado. Levada de jazz - blues, metrônomo em 110, mais ou menos. De volta ao palco o Andre GB, nosso baixista inicial volta para fechar o show, que há esta altura já está se encaminhando para a parte final. Foram 15 músicas. Essa é a décima. A mão já está mais solta depois de 10 músicas, e você se arrisca mais. Este tema também é um 12 bar blues menor, agora em Fá. Nossa banda deveria se chamar 12 bar blues minor Band. De novo no improviso eu e o Murashima. O tema está no teclado, mas rola uma conversa entre guitarra e teclado. Meu solo durou dois chorus, sobre a escala de Fá menor blues. Arrisquei algumas frases usando o recurso do bend. O último chorus do tema final ficou meio feio. Não nos entendemos, eu e a banda. Para mim, depois do tema, era Fá menor até o final. Para a banda, era um chorus comum. Mas isto é música ao vivo. É assim mesmo. Quem não quer se molhar que não saia na chuva. Valeu pela diversão.

Oye como Vá - T. Puente



Outro tema sensual na guitarra do Carlos Santana, tocado pelo Murashima. Nesta o Roberto é quem está no Baixo. O timbre de teclado usado aqui é do órgão. Ouvindo agora o meu improviso, acho que soou meio pretensioso. O uso do bend, frases cortadas e meio desconexas, saltos intervalares, passagens que lembram o solo de Light my Fire. A tentativa de criar um clima diferente resvalou no estranho. São riscos que se corre quando se improvisa mesmo. Frases descendentes e ascendentes com a escala de tons inteiros. E o solo foi ficando ainda mais estranho! O Alex, baterista, só me olhava e ria. Depois improvisou o Roberto. Impôs seu próprio clima. A dinâmica caiu ao mínimo. A música foi renascendo. A guitarra puxando de volta para o tema, aos poucos, até explodir num fortíssimo.  O mais engraçado: Nada disso foi combinado. O contraste, e depois o crescendo que deixou a interpretação mais interessante rolou na espontaneidade total. Diversão pura. Bola no ângulo. Belo gol da banda.

Chitlins Con carne - K. Burrel



Gosto do timbre leve do piano elétrico deste teclado Casio. Outro 12 bar blues menor, agora em Dó, com uma levada sensual. O tema na guitarra lembra a versão do Stevie Ray Vaughan. Muitos espaços vazios para o piano preencher. O clima bem cool. No improviso, o meu piano e o Baixo do Andre GB. Eu primeiro. Escalinha de Dó menor Blues, com algumas inserções de Fá menor Blues e o uso da nona como nota alvo. Sobre o dominante, menor (Gm7), notas de arpejo. Minha frase de entrada ficou parecida com a do solo de Isn't she lovely. Solo de baixo do Andre GB, também de dois chorus, minimalista e intuitivo. O tema na guitarra volta no final, tocado mais duas vezes, com a banda já bem solta, nesta que foi a terceira música do show. Encontrei com a Meire, que filmou o show e ela comentou, sobre essa música: Ficou meio fora de foco, né... Pode até ser, Meire, mas o som ficou ótimo. Valeu pela iniciativa.

Isn't she lovely - S. Wonder



Minha preferida, já que tenho uma introdução de 16 compassos totalmente improvisada. Uma bolinha na trave aqui e alí, que fazem parte, né... O tema está no teclado. A banda bem redondinha, com swing. Delícia de tocar. A cozinha ( baixo e bateria) no tempero certo. Meu improviso foi primeiro, com dois chorus de duração, começando nos anacruses. Algumas notas de arpejo, mas principalmente escala pentatônica maior em E. Há uma passagem pelo arpejo de dó diminuto, no meio da parte B. Algumas notas cromáticas de passagem. Abusei dos triplets nas escalas ascendentes. Foi o máximo que deu para fazer com o pouco tempo de preparação. O riff no final do chorus é a assinatura desse tema. O solo do Murashima, quatro chorus, muitos riffs de insistência, cromatismo, notas oitavadas e outros truques.

Freddie Freeloader - M. Davis



Esta banda foi formada para este evento específico, uma semana dedicada à Cultura e Artes que aconteceu no dia 08 de outubro de 2010, no colégio Batista, na Vila Mariana. A iniciativa foi do Alexandre Murashima, atendendo a um pedido de nossa amiga e artista plástica, a Veridiana. Além de mim para os teclados, o Mura convidou o Andre GB (Baixo), o Roberto (Baixo), e o Alex (Bateria). Freddie Freeloader (vídeo acima), do Miles Davis foi a primeira música, num total de 15. Pela ordem : Freddie, On Broadway (G. Benson), Chitlins con Carne (K. Burrel), Isn`t she lovely (S. Wonder), Cantaloupe Island (H. Hancock), Chank (J. Scofield), Chameleon (H. Hancock), Oye como Va (T. Puente), The Chicken (J. Pastorius), Green Onion (Booker T.), Breezin (G. Benson), Footprints on the sand (W. Shorter), e Sunny (B. Hebb). Em Freddie Freeloader o tema original dos metais está no teclado. O som captado pela câmera da Meire Marion tem qualidade surpreendente. A peça é um 12 bar blues em Bb com repetição. Na casa um, nos compassos 11 e 12, a tônica Bb7 é substituída pelo bVII7 (Ab7). A cozinha (Baixo e Bateria) está bem sincronizada. Meu improviso foi o primeiro. Dois chorus. O áudio do meu solo acabou ficando baixo. Não posso reclamar. O áudio como um todo está ótimo. Sobre o Bb7 usei a escala de Bb mixolídio e Bb menor (Blues). Para Eb7, Eb mixolídio. O centro da brincadeira foi a nota Db, que gerava uma sensação de indefinição entre as escalas maior e menor, própria do Blues. A graça desse tema é o acorde de Ab7, no turnaroud/casa um. Sem ele, o tema vira um Blues normal. Sobre o Ab7, modo jônico ascendente. Algumas bolas na trave e algumas no gol. No segundo turnaround, notas de arpejo e Bb menor (Blues). Não entrei no tema depois do solo do Murashima, que me chamou com a guitarra, repare. A sonoridade geral da banda nesse tema ficou elegante, na minha opinião.


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